| 
               Autódromo 
				Internacional de Tarumã 
				
				O Autódromo Internacional de Tarumã foi inaugurado em 8 de 
				novembro de 1970 no município de Viamão, na Grande Porto Alegre 
				(RS). 
				
				Viamão: no século XVIII (1701 a 1800) o território de Rio Grande 
				de São Pedro, atual Rio Grande do Sul, já deixara de ser apenas 
				uma zona de passagem entre Laguna (SC) e Colônia do Sacramento 
				(URU). A riqueza de seus campos já fizera com que colonizadores 
				aqui se fixassem.No ano de 1725, Cosme da Silveira que integrava a frota de João 
				de Magalhães se instalou nas cercanias do atual município de 
				Viamão, os chamados Campos de Viamão abrangiam imensa área no 
				nordeste do atual Rio Grande do Sul. Os habitantes primitivos 
				foram os índios mbyá-guaranis e kaingangs.
 A partir de 1732, O Rio Grande de São Pedro passou a atrair 
				colonizadores (lagunenses, paulistas, portugueses e escravos) 
				que se radicaram na região de Viamão. Outro marco foi a chegada 
				e fixação de residência de Francisco 
				Carvalho da Cunha 
				em 1741, no sítio Estância Grande, onde ergueu a capela dedicada 
				à Nossa 
				Senhora da Conceição. 
				O município foi um dos primeiros núcleos de povoamento do 
				Estado.
 A partir de 1752 chegaram os primeiros açorianos (da Ilha dos 
				Açores - PT), que desembarcaram na região de Itapuã e a quem 
				foram doadas várias sesmarias, o povoamento recebeu grande 
				impulso. Esses açorianos também colonizaram a região de Porto 
				dos Casais, atual capital do Estado.
 Elevada à categoria de freguesia em 1747, por ocasião da invasão 
				castelhana (1766) se instalou nela a sede do governo da 
				capitania, sendo transferida depois em 1773 para Porto dos 
				Casais (atual Porto Alegre). Em 1880 foi desmembrada de Porto 
				Alegre para tornar-se vila e sede do município.
 A origem do nome Viamão é controversa. A versão mais comum é de 
				que a partir dos morros da região é possível se avistar o rio 
				Guaíba e seus cinco rios afluentes: Jacuí, Caí, Gravataí, 
				Taquari e dos Sinos, que formam uma mão aberta. Daí a frase: "Vi 
				a mão" (pouco provável). Já a versão mais provável, seria 
				originária do nome "ibiamon", que significa "Terras de Ibias" 
				(pássaros). Outros afirmam ainda que seria um caminho entre 
				montes, a que chamavam de via-monte.
 O automobilismo no Rio Grande do Sul começou em 1926, e as 
				corridas eram realizadas em circuitos nas ruas de cidades e/ou 
				em estradas.
 Por essa época já começou a se destacar um nome: Norberto Jung, 
				que ceio a se tornar um grande nome na história do automobilismo 
				gaúcho, ele correu até a II Guerra Mundial, quando com a 
				escassez de combustível as corridas que usassem gasolina foram 
				proibidas, a solução foi usar o gasogênio, um equipamento que 
				extraia gás de lenha ou carvão, era um “trambolho” preso à 
				traseira dos automóveis. Jung fez algumas corridas com gasogênio 
				e depois encerrou sua carreira. Parou mas não se afastou do 
				automobilismo, tanto que em 12 de julho de 1949 junto com: 
				Pelegrin Figueras, Paulo Avila Bertaso e José Rimoli fundaram a 
				Associação Rio-grandense de Volantes (ARVO). Passaram a 
				organizar corridas pelos diversos circuitos existentes, quer 
				urbanos ou estradas, atraindo muitos torcedores que se postavam 
				nos barrancos ou no meio-fio das calçadas.
 Quando em 1952 a ARVO organizou o 1º Campeonato Gaúcho de 
				Automobilismo, já na primeira prova, o “Circuito Praias do 
				Atlântico” ocorreu um acidente fatal com o piloto Antônio 
				Burlamaque. Mas muitos outros acidentes aconteciam, e cada vez 
				com mais frequência.
 Começou a nascer então a vontade da construção de um autódromo, 
				pois se todos os esportes tinham suas praças adequadas porque o 
				automobilismo também não haveria de ter?
 
					
						
							|  |  
							| 
							
							Prova Folha da Tarde, vejam a proximidade do publico 
							(1961) |  
				Na década de 50 o automobilismo gaúcho era muito respeitado, não 
				só pelos resultados dos pilotos como também pela organização e 
				numero de corridas realizadas, principalmente as de carreteras, 
				e tinha, pela proximidade, um intercambio grande com nossos 
				“hermanos” argentinos. Á partir de 1942 surgiu a categoria 
				Turismo Força Livre (Carretera). O termo carretera vem do 
				castelhano e significa estrada. Na Argentina, onde esses modelos 
				nasceram por volta da década de 30, as provas eram disputadas em 
				estradas de terra, corridas de longa distância que cortavam o 
				país, portanto, além de rápidos os carros tinham de ser muito 
				resistentes, daí a denominação de “Turismo em Carreteras” 
				(estradas) e os carros como tipo “Turismo de Carretera”. 
					
						
							|  |  
							| 
							
							Primeiro logotipo do ACRGS em 1957 |  
				Em 17 de junho de 1953 a ARVO foi transformada no Automóvel 
				Clube do Rio Grande do Sul (ACRGS) por iniciativa de José Rimoli, 
				que foi seu primeiro presidente.Em função da segurança de pilotos e de expectadores é que um dos 
				primeiros objetivos do ACRGS em 1956, já com a presidência de 
				Roberto Ribeiro, foi a construção de um Autódromo para 
				realização das provas com segurança, e pensando nisso um grupo 
				de pilotos e dirigentes do ACRGS buscaram uma área adequada à 
				construção de um autódromo.
 
 
					
						
							|  |  
							| 
							
							Gabriel Cicchiarelli, José Asmuz e Catarino 
							Andreatta, que compunham a Comissão de Construção do 
							Autódromo, assinam o contrato de promessa de compra 
							e venda (1956) |  
				Essa área foi achada e 
				então criada uma Comissão de Construção do 
				Autódromo que firmou no Cartório Trindade um contrato de 
				promessa de compra e venda de uma área de 50 hectares no 
				loteamento Vila Tarumã, propriedade de João Carlos Viale Dias, 
				em Viamão, município à cerca de 30 Km de Porto Alegre. Mas a 
				obra era caríssima e o ACRGS não possuía os recursos 
				necessários. Notícia publicada em 1956 na Revista Globo:
 “Para a concretização desse objetivo o Automóvel Clube lançou à 
				venda títulos de sócios proprietários, de duas categorias, uma 
				para firmas comerciais e outra individual, os títulos tem os 
				valores de Cr$ 20.000,00 e Cr$ 5.000,00...”
 Título da reportagem: 
				“O 
				Autódromo Norberto Jung a ser construído no Parque S. Cristovão, 
				Vila Tarumã, orgulhará a cidade”. 
				Esse era o nome do autódromo, o do ex-piloto campeão gaúcho e 
				vencedor de provas nacionais e internacionais, precursor e ídolo 
				do automobilismo gaúcho.
 Antiga idéia o autódromo demandou anos de esforços conjuntos de 
				pilotos, amantes do esporte, dirigentes, setor público e 
				empresas, além de jornalistas e radialistas.
 
				 
				Depois da aquisição do terreno diversos pilotos e dirigentes se 
				reuniam na área do autódromo para discutirem o futuro. Dessas 
				reuniões começou a surgir o traçado da futura pista graças ao 
				serviço de terraplenagem possibilitado pelo governador Ildo 
				Meneghetti, que cedeu as máquinas do Departamento Autônomo de 
				Estradas de Rodagem (DAER). Mesmo com o piso em terra alguns 
				pilotos já se aventuravam nela para testes.Sucederam a Roberto Ribeiro (56/60) na presidência do ACRGS: 
				Jorge Alberto Mendes Ribeiro (61), 
				Pedro Carneiro Pereira (62 e 
				63), Enio Lunardi Machado (64) e Antônio Rosa Pegoraro (65/70), 
				esse até a inauguração de Tarumã.
 
					
						
							|  |  
							| 
							
							José Carlos Viale Dias, proprietário, Roberto 
							Ribeiro e José Asmuz assinando o contrato de compra 
							e venda definitivo (1960) |  
				 
				O contrato definitivo de compra e venda foi assinado em 1960 e 
				estavam presentes, além de João Carlos Viale Dias, proprietário, 
				Roberto Ribeiro, presidente do ACRGS, 
				José Asmuz, jornalistas e 
				testemunhas. Enquanto isso as corridas continuavam sendo 
				realizadas nos diversos circuitos de ruas e estradas com um 
				numero cada vez maior de participantes e de assistentes. Pedro Carneiro Pereira assumiu, em 1962, como vice de Mendes 
				Ribeiro que logo saiu e Pedro assumiu a presidência do ACRGS 
				dedicando-se então a difundir o esporte entre os jovens, também 
				criou a prova (hoje tradicional) “12 Horas de Porto Alegre”. 
				Devido à sua boa administração foi reeleito, e em seu discurso 
				de posse disse:
 “- Os planos são muitos, destacando-se entre eles o asfaltamento 
				e a conclusão de Tarumã. Pode não haver dinheiro suficiente para 
				a conclusão da obra. Pode haver incompreensões e má vontade de 
				parte do poder publico. Tudo será contornado, porque raça e 
				dinamismo existem de sobra nesta diretoria”.
 Apesar dos esforços feitos por todos que desejavam ver a obra 
				iniciada e concluída, o passo decisivo foi dado por Pedro 
				Carneiro Pereira e Antônio Rosa Pegoraro, que foram, em 65, ao 
				então governador Ildo Meneghetti, que cumpria seu segundo 
				mandato, apresentar o projeto e buscar o apoio do estado. Desse 
				encontro conseguiram o asfaltamento do kartódromo, inaugurado em 
				1967.
 
				
				A fase “romântica” do automobilismo começava a terminar, o 
				aumento do numero de participantes, os carros cada vez mais 
				velozes, as disputas mais acirradas só faziam o publico 
				aumentar. O fato de serem provas em locais públicos, sem 
				cobrança de ingresso, e mais a possibilidade de poderem admirar 
				os bólidos e seus pilotos de perto fez o publico gaúcho 
				desenvolver uma verdadeira paixão. 
				
				Depois do grave acidente no “3º Circuito de São Leopoldo” em 23 
				de julho de 1966 onde 9 pessoas ficaram gravemente feridas ao 
				serem atingidas por um carro DKW, e de alguns outros acidentes, 
				mesmo que sem vitimas fatais, as mortes na ultima prova, em 21 
				de dezembro de 1969, fizeram os protestos de parte da sociedade 
				crescerem, então o acidente fatal na “12 Horas de Porto Alegre” no 
				Circuito Cavalhada-Vila Nova quando o competidor do VW 
				nº 40 ao desviar de um expectador que atravessou a pista perdeu 
				o controle e atropelou 5 pessoas que assistiam a prova sentadas 
				no meio-fio, 3 faleceram e 2 ficaram feridos. 
				 
					
						
							|  |  
							| 
							
							
							Circuito Pedra Redonda, improvisação e publico muito 
							perto punham em risco a segurança (1961) |  
				
				Foi a gota d’água! 
				As autoridades proibiram por decreto a realização de corridas de 
				rua no Rio Grande do Sul. Só curiosidade, a dupla Emerson e Wilson Fittipaldi venceu a 
				prova que acabou sendo a ultima de Emerson no Brasil antes de ir 
				para a Inglaterra começar sua vitoriosa carreira internacional.
 A saída para não pararem as provas no estado foi realizar 
				corridas em trechos fechados de rodovias no interior. O 
				campeonato de 1969 foi disputado em 4 provas: Veranópolis-Bento 
				Gonçalves: Rodovia Presidente Kenedy; Cacheira do Sul-Rio Pardo 
				e Circuito Encosta da Serra. Nesse ano ainda se correu na 
				inauguração do Autódromo de Guaporé em 21 de dezembro, ainda uma 
				pista de terra, mas compactada com óleo queimado para não 
				levantar poeira.
 A decisão de proibir as corridas de rua levou pilotos e 
				dirigentes a batalhar cada vez mais pela conclusão do autódromo 
				em Viamão. Em 1970 as competições pararam.
 Antônio Pegoraro assumiu a presidência do ACRGS em 1965 e 
				dedicou todos os seus esforços para as obras do autódromo, foi 
				sua dedicação e de sua equipe que atraiu empresas para tocar as 
				obras, desde o asfaltamento da pista, construção de boxes, 
				acessos, cercas, estacionamento arquibancadas e etc...
 
					
						|  |  |  |  
						| Pegoraro mostrando projeto para empresários que 
						visitavam as obras (1969) | Obras na pista de Tarumã (1969) | Asfaltamento final da pista (1970) |  
				
				Em 1970 os trabalhos se intensificaram seguindo o projeto dos 
				engenheiros responsáveis técnicos pela construção: Miguel Xavier 
				da Costa, Edemar Lorenzini. Lucio Rgner, Jaime Gaspar dos 
				Santos, Edmar Levy, cada um em sua especialidade e mais o 
				arquiteto Sergio Monserrat. O projeto compreendia a pista, um 
				restaurante típico, o “Tala Larga”, cinco unidades de 
				atendimento com bar e sanitários, trinta boxes, duas torres de 
				cronometragem, três pórticos com quatorzes portões e 
				bilheterias. A pista ficou com a empresa Engenharia e 
				Pavimentação Sul (Epasul) que montou uma grande infraestrutura 
				no local.“ O Autódromo de Tarumão está sendo construído conforme as 
				exigências das competições internacionais, devendo constituir-se 
				num centro de atração turística dos mais importantes aqui do sul 
				do país.” 
				(Diário de Notícias - 11/07/1970)
 A pista tinha 3.016 m de comprimento, 12 m de largura nas retas 
				e 14 m nas curvas, para sua execução foi necessária a 
				movimentação de 600 mil m³ de terra. Em outubro praticamente 
				estava tudo pronto, só faltando a ultima camada de asfalto.
 “A Prefeitura Municipal, colaborando com Tarumã, mandou colocar 
				às suas expensas, pela Luminocot, a mais perfeita sinalização de 
				pista que existe na atualidade. O asfalto será totalmente 
				demarcado com plástico, como vem acontecendo com as ruas de 
				Porto Alegre, dentro do que existe de mais moderno no mundo.”
				 (Diário 
				de Notícias - 30/10/1970)
 O nome, desde 1956, era “Autódromo Norberto Jung”, mas em 1970 
				com a morte de Catharino Andreatta, outro ídolo do 
				automobilismo gaúcho, surgiram pilotos que preferiam que o autódromo o 
				homenageasse, mas Pegoraro numa saída diplomática batizou como 
				”Autódromo Internacional de Tarumã”.
 O nome Tarumã é de uma árvore abundante na região e que é 
				encontrada desde Minas Gerais até a Argentina, com casca 
				acinzentada escura.
 José Asmuz, que conhecia a pista desde sua origem disse uma vez:
 “- Aquele terreno foi adquirido por quatro pilotos: o Catharino 
				Andreatta, o Norberto da Cunha, o Gabriel Cucchiarelli e eu. O 
				dono tinha uns duzentos hectares e queria valorizar o 
				loteamento. Compramos a área em 1965, em nome da ARVO. Aí 
				fizemos o traçado, que é quase o mesmo de hoje. Depois, passamos 
				umas patrolas e, em chão batido mesmo, íamos para lá destruir 
				uns carros. Quem tocou o autódromo para valer foi o Antônio 
				Pegoraro, que quando presidia o Automóvel Clube insistiu com o 
				Peracchi  Barcelos, então governador do estado, conseguindo 
				viabilizar a pista”.
 
					
						|  |  |  |  
						| O carro oficial rompendo a 
						faixa de inauguração (1970) | Carros e público lotaram 
						todos os espaços do autódromo no dia da inauguração 
						(1970) | Publico presente para 
						assistir a inauguração e as provas (1970) |  
				
				Finalmente em 8 de novembro de 1970 aconteceu a cerimônia de 
				inauguração.A programação contou com desfile de bandas de musica, discursos 
				de autoridades, tais como: governador, presidentes da CBA e 
				da FGA e principalmente o de Antônio Pegoraro, que entre outras 
				coisas disse:
 
					
						
							|  |  
							| Pegoraro lendo seu 
							discurso (1970) |  
							|  |  
							| Pedro Carneiro e 
							Pegoraro se cumprimentam (1970) |  
				
				
				
				“- Esta cerimônia é o coroamento de uma longa e trabalhosa 
				caminhada que se originou de um sonho bom de um grupo de pilotos 
				e desportistas capitaneados por Rimoli, Brunelli, Catharino, 
				Asmuz, Cucchiarelli, lá pelos idos de 1953, e que vem despertar 
				neste dia e hora, sob a benção do céu, a compreensão 
				estimuladora de nossas autoridades, o sorriso transbordante de 
				nossos automobilistas e a alegria deste povo incomparável.Por isso, a jornada que conta esta obra, ou a obra quando conta 
				a jornada, sempre tem coisas a dizer. Que a emoção destes 
				momentos tão altos em nossa vida não tenha o direito de impedir 
				que os registremos no instante preciso em que o encerramento de 
				uma etapa marca o inicio de outra, na sequencia interminável do 
				espirito de continuidade que o progresso nos impõe...”
 
 Pegoraro também lembrou no seu discurso do ex-governador Ildo 
				Meneghetti:
 “- Por outro lado, e aqui falamos com a tranquilidade de quem dá 
				a Cesar o que é de Cesar, o Automóvel Clube encontrou em 1965, 
				no então governador engenheiro Ildo Meneghetti, o apoio decisivo 
				para que a proibição das competições em vias publicas não 
				provocasse efeitos funestos para o automobilismo gaúcho. Sua 
				Excelência autorizou o Departamento Autônomo de Estradas e 
				Rodagem a prestar toda assistência as obras, e mandou incluir no 
				plano da RS-1 a construção asfáltica da ligação Viamão-Autódromo.”
 A fita inaugural foi rompida, não cortada, pelo carro oficial do 
				Governo do Estado seguido de todos os participantes,.nesse 
				momento o publico que havia lotado todos os espaços e, em 
				especial, a grande reta irrompeu em aplausos e gritos de 
				alegria.
 Foram realizadas 6 corridas, 5 de carros e 1 de motos, essa 
				internacional devido a presença de pilotos uruguaios.Grandes 
				pilotos e carros vindos do centro do país atestavam a 
				importância do evento. Camillo Christofaro com sua famosa 
				carretera #18 chegou de São Paulo na véspera e não pode treinar 
				e classificar, largando da ultima posição do grid.
 
 
					
						
							|   | 
							
							CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS:
 |  
							| 
							 | 
							1ª Prova: “Presidente Antônio Pegoraro”Turismo até 1.300cc
 
							1º) Decio Michel (Corcel #30)2º) Heloi Heinz (Corcel #11)
 3º) Mauricio Rosemberg (VW #73)
 4º) José Luiz Madrid (Corcel #5)
 5º) Edesio Cé (Corcel #76)
 | 
							2ª Prova: “Cidade de Viamão”Turismo de 1.301 a 1.600cc
 
							1º) Fernando Esbroglio (VW #1)2º) Mario Olivett (VW #40)
 3º) Ronaldo Berg (VW #27)
 4º) Almir Valandro (VW #55)
 5º) Sergio Blauth (VW #48)
 |  
							| 
							3ª Prova: “Cidade de Porto Alegre”
 Turismo de 1.601 a 3.000cc
 
 1º) Milton Oliveira (FNM #5 )
 2º) José Antônio Madrid (Simca #21)
 3º) Carlos Kunzer (Simca #51)
 4º) Lauro Maurmann Jr. (FNM/JK #25)
 5º) Ivan Iglesias (Simca #84)
 | 
							4ª Prova: “Tarumã”
 Turismo acima de 3.000cc
 
 1º) Pedro Victor de Lamare (Opala #84)
 2º) Carlos Alberto Sgarbi (Opala #50)
 3º) Altair Barranco (Opala #45)
 4º) Ismael Chaves Barcellos (Opala #82)
 5º) Pedro Carneiro Pereira (Opala #32)
 |  
							| 
							5ª Prova Internacional de Motos
 
 
 1º) Carlos Cirintana (Suzuki 500)
 
							  | 
							6ª) Prova Governador Walter Peracchi Barcellos
 Força Livre
 
 1º) Jayme Silva (Furia/FNM #26)
 2º) Luiz Pereira Bueno (Bino Mark II #47)
 3º) Camillo Christofaro (Carretera Chevrolet/Corvette 
							#18)
 4º) Fredy Giorgi (Puma #?)
 5º) Pedro Victor de Lamare (Opala #84)
 |  
				
				“Por mais otimistas que fossem as perspectivas, ninguém poderia 
				pensar num sucesso tão grande. Um público superior a setenta mil 
				pessoas e um verdadeiro mar de automóveis esteve reunido em 
				Tarumã, alguns carros do lado de dentro e outros nas cercanias. 
				Foi um domingo de festa para coroar um trabalho que jamais será 
				esquecido pelos esportistas gaúchos.” (Diário 
				de Notícias - 10/11/1970)Semanas depois, ainda em 1970, aconteceu a primeira corrida 
				regional, o autódromo começava a cumprir seu destino de sediar 
				provas: regionais, nacionais e internacionais, das mais diversas 
				categorias.
 Já nos primeiros dias de 1971 foi realizada a primeira prova 
				internacional, uma etapa extra da “Copa Brasil de Automobilismo 
				Internacional”, Emerson venceu. No mesmo dia foi realizada a 
				“300 Milhas de Tarumã” para carros da Divisão 3. Ainda em 
				janeiro mais uma prova internacional: “Troféu Cidade de Porto 
				Alegre”, dessa vez de Fórmula 3, que contou com 6 brasileiros e 
				14 estrangeiros. Depois de duas baterias a vitória coube à David 
				Walker da Inglaterra.
 Depois, em junho, foi a vez de uma prova da Fórmula 4 Argentina, 
				junto com Divisão 3. Uma etapa do “Campeonato Brasileiro Divisão 
				4-Protótipos” em agosto e no mesmo mês a 1ª etapa do primeiro 
				“Campeonato Gaúcho de Fórmula Ford” seguida em setembro da 
				primeira prova do “Campeonato Brasileiro de Formula Ford”.
 
					
						
							|  |  
							| 
							
							A força do impacto fez o March de Salvati atravessar 
							as lâminas da barreira de proteção (1971) |  
				O autódromo recebeu finalmente no final de setembro o retorno da 
				tradicional prova de 12 Horas, devidamente rebatizada como “12 
				Horas de Tarumã”, vencida pelo trio: Pedro Victor de Lamare, 
				Carlos Quartin Moraes (paulistas) e 
				José Luiz de Marchi 
				(gaúcho).Em outubro foi a vez da também rebatizada “500 Quilômetros de 
				Tarumã”, antes disputada em POA no Circuito da Pedra Redonda.
 Pouco antes de completar um ano aconteceu o primeiro acidente fatal 
				no autódromo, o italiano Giovanni Salvati na ultima etapa do 
				“Torneio Internacional de Formula 2”. Era 31 de outubro, 
				participaram 7 brasileiros e 16 estrangeiros, inclusive Graham 
				Hill, á bicampeão da F1, mas o vencedor foi o argentino Carlos 
				Reutemann. Giovanni Salvati passou para a História do autódromo 
				como sua primeira vitima fatal.
 Já consagrado como palco de disputas emocionantes, em 1972 
				sediou 7 provas, sendo 4 de campeonatos nacionais e mais as 
				tradicionais 12 Horas e 500 Quilômetros, e foi lançada em sua 
				pista a 6 Horas de Tarumã. Junto com algumas dessas provas foram 
				realizadas provas do campeonato gaúcho de Divisão 3.
 
					
						
							|  |  
							| 
							
							Acidente 
							impressionante tirou a vida dos pilotos Pedro 
							Carneiro Pereira e Ivan Iglesias (1973) |  
				Em 1973, numa prova do campeonato Divisão 3 ocorrida em 21 de 
				outubro, houve o segundo acidente fatal no autódromo, dessa vez 
				com duas vitimas: Pedro Carneiro Pereira e Ivan Iglesias.Ao final da segunda volta os carros colidiram de lado, se 
				engancharam, e, sem controle, saíram para a direita onde uma 
				pequena rampa de grama os projetou para o ar fazendo-os capotar, 
				o carro de Ivan explodiu em chamas no ar, caindo, ambos os 
				carros, com as rodas para cima. Ivan teve morte praticamente 
				instantânea, mas Pedro sobreviveu e ficou preso, enquanto 
				tentava sair socando o vidro traseiro o fogo atingiu seu carro 
				que em segundos ficou envolto em chamas. Com 200 litros de 
				gasolina queimando nada pode ser feito. Pedrinho, como era 
				chamado, morreu carbonizado.
 Ele, uma figura carismática no meio esportivo gaúcho, pois era 
				radialista e havia sido presidente do ACRGS quando contribuiu 
				para a realização do autódromo.
 
					
						
							|  |  
							| 
							
							Bandeirada para o vencedor da primeira corrida da 
							Stock Car (1979) |  
				Mas nos anos seguintes as atividades no autódromo continuaram 
				com corridas de todas as categorias, até que em 1979 uma nova 
				categoria foi lançada em suas pistas, a Stock Car, a primeira 
				corrida foi em 22 de abril e teve como vencedor Affonso Giaffone. 
				Categoria que se tornou a mais famosa do Brasil nas décadas 
				seguintes.Onze anos após sua inauguração (1981) foi realizada a primeira 
				reforma no autódromo atendendo  solicitações de pilotos e 
				dirigentes, a mais importante foi o recapeamento total da pista. 
				O então governador, Dr. José Augusto Amaral de Souza, atendendo 
				pedidos da FGA e do ACRGS cedeu maquinário e mão de obra para a 
				realização dos trabalhos.
 
					
						
							|  |  
							| 
							
							Formula Super Truck (1995) |  
				Na década de 80 recebeu os mais importantes campeonatos de 
				carros de turismo e de monopostos.Nos anos 90 teve inicio mais uma nova categoria, a Fórmula Truck, 
				e Tarumã recebeu em dezembro de 1995 o “GP Internacional de 
				Caminhões”. Foi um sucesso de publico.
 Em 2002 o presidente do ACRGS na época, Rudolfo E. Rieth, 
				atendendo um pedido de Vitório Andreatta, filho de Catharino, e 
				outros, colocou o nome na pista de Circuito 
				Catharino Andreatta. 
				Norberto Jung havia falecido em 1976.
 Três décadas depois de sua inauguração, no inicio de 2004 foram 
				efetuadas novas reformas quando teve alargadas algumas curvas, 
				ampliação de suas áreas de escape (Curva 1 e Tala-Larga) e 
				novamente recapeada sua pista.
 O Autódromo de Tarumã é, até hoje, um dos circuitos mais 
				tradicionais do país.
				A pista agora tem, oficialmente, 3.039 m com 9 curvas, de 
				altíssima até média e baixa velocidade, e um “esse” em descida, 
				a temida e desafiadora “Curva do Tala-Larga”.
 
				
				
				Clique aqui e assista um 
				documentário sobre as corridas em ruas e estradas nos anos 60 no 
				RS  
            
            Bibliografia:
 Automobilismo no tepo das carreteras (Luiz Fernando Andreatta e 
			Paulo Renner - 1992)
 Automobilismo Gaúcho (Gilberto Menegaz - 2002)
 O narrador de emoções (Leandro Martins - 2006)
 12 Horas, histórias e estatisticas (Paulo Torino e Paulo Lava - 
			2006)
 Tarumã - |Uma hist´ria de velocidade (Gilberto Menegaz, Paulo Lava e 
			Paulo Torino - 2008)
 Das pistas para a história (Gilberto Menegaz, Paulo Lava e Roberto 
			Giordani - 2012)
 Acervo jornal Diário de Notícias (site)
 Sites diversos
 
 Fotos retiradas da Internet e algumas copiadas dos livros da 
			bibliografia.
 
 Acrescentada dia 08 de novembro de 2017
 
 |