| 
            Pneu 
            voador
 
 
				
					|  |  
					| 
             |  
					| 
					
					Pega entre Pistili e Mazza na "Ferradura" |  
            "250 Milhas de Interlagos", 19 de dezembro de 1965, última prova do ano,  corrida realizada em sentido horário, 
            ao contrário ao usado habitualmente: o anti-horário. Largada ao estilo Le Mans, 
            50 voltas.Mas essa prova não 
            contou com a participação dos pilotos de fábrica em virtude de um 
            confronto entre o ACB e a CBA, que ameaçava de suspensão todos os 
            pilotos que participassem da prova 
            do Centauro Motor Clube. Nenhuma fábrica participou do  
            evento, mas seus pilotos ficaram por ali nos boxes dando palpites e torcendo 
            pelos amigos. A prova foi ganha mais uma vez pelas carreteras: a 18 
            com 
			Camillo e 
			Aguiar, seguida pela 34 de
			Damiani e 
			Bica.
 
 "Outra disputa tomava vulto: a de Campana com JK e o gordinho Helio 
            Mazza, com um Renault....restavam apenas duas voltas para o termino. 
            Enquanto isso, a briga entre Campana e Mazza ficava mais quente. 
            Mazza parava no Box, enquanto que Campana estourava um pneu na curva 
            do cotovelo. Os mecânicos lançavam uma roda em direção ao carro e a 
            mesma, pelo impulso da descida ia se perder no barranco. Campana 
            saia com o pneu furado e continuava."
 
 Essa é a descrição de um jornal publicado no dia seguinte ao da 
            corrida, mas uma conversa com 
			Jaime Pistili, dono e piloto do carro, revela outra coisa:
 O pneu havia estourado na curva do "Cotovelo" com Campana ao 
            volante, e essa curva ficava exatamente abaixo dos antigos boxes de 
            Interlagos e os mecânicos para não carregar aquele peso barranco 
            abaixo, lançaram um pneu para rolar enquanto desciam com 
            as ferramentas para efetuar a troca, mas o pneu ganhou muita 
            velocidade, o mato que era alto nessa época em Interlagos não 
            refreou a velocidade do pneu que ao chegar perto da pista bateu num 
            morrinho de terra, levantou vôo de uns 15 metros de altura e foi aterrissar do outro lado da pista, 
            parando num buraco.
 
 Para 
            atravessar a pista, achar e pegar o pneu e voltar demoraria muito, então os 
            mecânicos sinalizaram para os boxes mandarem outro pneu enquanto levantavam o 
            carro e tiravam o pneu avariado. Mas o pessoal do box não entendeu e como a prova estava no fim não 
            havia tempo para buscar outro, pois demandava subir todo o barranco 
            e voltar carregando o outro pneu, ou ir achar aquele perdido do 
            outro lado da pista.
 Leonardo Campana não saiu com o pneu furado 
            mesmo, conforme diz o jornal.
 Afinal, pelo número de voltas, perderam só duas posições, a 5ª para a 
            dupla Helio Mazza e Lair Carvalho com a Carretera Gordini nº 75 (36 
            voltas) e a 6º para 
			Emílio Zambello e Ruggero Peruzzo com 35 voltas 
            com a Alfa Giulia nº 25, Jaime Pistili e Leonardo Campana com FNM/JK nº 5 
            ficaram em 7º com 34 voltas.
 
 |